Teste do pezinho pode detectar mais de 70 doenças, esclarece Dra. Natasha Slhessarenko

O teste do pezinho, que é um direito de toda criança nascida em território brasileiro, é capaz de detectar dezenas de doenças que podem levar a óbito ou deixar sequelas permanentes. A pediatra e patologista Natasha Slhessarenko, da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde, destaca que esse exame deve ser realizado o quanto antes, de preferência na primeira semana de vida da criança.

“Todas as crianças tem o direito de realizar o teste do pezinho pelo SUS (Sistema Único de Saúde), em unidades públicas de saúde. Neste caso serão pesquisadas seis doenças no bebê”, comenta a médica.

Slhessarenko explica que as doenças detectadas pelo SUS são a Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Hiperplasia Adrenal Congênita, Deficiência de Biotinidase, Fibrose Cística, também conhecida como a doença do beijo salgado, e Hemoglobinopatia.

“Tem esse direito pelo SUS, entretanto na rede privada de laboratórios existe uma enormidade de testes que detectam mais de 70 doenças pelo pezinho. Temos o teste básico, ampliado, master e expandido. A maioria dos planos de saúde cobre o teste ampliado que detecta em torno de 40 doenças”, pontua a pediatra.

Dra. Natasha Slhessarenko é pediatra e patologista e responsável técnica pela Clínica Vida

O exame leva esse nome, pois o sangue é coletado através do calcanhar do bebê, sem a necessidade de coletar por uma veia. O material retirado é colocado em um papel filtro, a forma mais segura, pois garante que o sangue permaneça integro para análise.

“É muito importante que no dia do exame a mãe não passe qualquer produto no pezinho da criança, como um creme ou óleo, pois por ser um teste sensível, qualquer produto pode alterar o resultado do exame”, reforça a médica.

Natasha Slhessarenko informa que em muitos hospitais o exame é coletado ainda na maternidade, caso contrário o responsável pelo bebê deve procurar um posto de saúde ou um laboratório particular.

“Esse teste é extremamente importante para o diagnóstico precoce de doenças extremamente graves, que podem causar morte ou sequelas permanentes. Com um diagnóstico, é possível realizar medidas terapêuticas para melhorar a qualidade de vida da criança e da família”, finaliza.