Psiquiatra da Vida dá dicas para manter saúde mental durante pandemia

O isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus aumentou os relatos e os casos de estresse, ansiedade e depressão. A psiquiatra Lisbeth Rocha Campolin, da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde, separou algumas dicas para preservar a saúde mental em situações como essa.
A médica explica que as situações de incerteza, como a proliferação e os efeitos da Covid-19, e o medo deixam as pessoas mais apreensivas e aumentam os casos de doenças mentais.
A especialista alerta que é importante manter hábitos saudáveis, como horários regulares para dormir e acordar, evitando dormir durante o dia.
“É importante praticar exercícios físicos e tentar se expor a luz do sol pela manhã. Manter contato com amigos e familiares, mesmo que por telefone ou vídeo chamada, também ajudam bastante. Outra dica é se limitar a exposição às notícias relacionadas a pandemia, isso é para evitar que a pessoa tenha crise de ansiedade. Além disso, não divulgue informações de fontes não oficiais”, orienta a especialista.
Outra orientação de Lisbeth Campolim é que seja evitado o uso excessivo de equipamentos eletrônicos, o consumo abusivo do álcool, tabaco e medicações sem orientação médica.
A psiquiatra destaca que é essencial prestar atenção em seus sentimentos e pensamentos, buscando comunicar alguém quando sentir sintomas de tristeza, ansiedade ou nervosismo.
“Entenda que o estresse e o medo são normais em situações desconhecidas como a que estamos vivendo. Quem usa medicamento continuo, deve continuar usando normalmente. Caso necessário, busque auxílio médico”, finaliza.

Setembro Amarelo

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.

Estatística

São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo, sendo que 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens.