População deve continuar tomando cuidados para evitar Covid-19 mesmo com flexibilização

A pediatra e patologista Natasha Slhessarenko, da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde, em Várzea Grande, reforça que mesmo diante das flexibilizações de abertura de comércio e realização de eventos, é essencial continuar com os devidos cuidados para evitar a propagação do novo coronavírus (Covid-19). Caso os cuidados sejam deixados de lado, o número de casos voltará a aumentar, assim como já ocorre em alguns estados brasileiros.

“Não temos como adivinhar se esse é o momento ideal para a flexibilização, por isso a gente começa, testa e se não der certo, tem que retroceder. O importante é que as flexibilizações não estão atreladas a diminuição dos cuidados necessários”, alerta a médica.

A médica também destaca a importância do uso de máscaras, se possível ficar em casa (isolamento social), da higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel.

“Tem que respeitar esses cuidados, mas uma coisa que eu tenho ficado preocupada é com a abertura de bares e restaurantes. Dentro desses estabelecimentos não tem como usar máscara, porque você está comendo e bebendo. Também não tem se mantido o distanciamento social, as pessoas não estão fazendo a higiene das mãos e com isso certamente nós vamos ver um número de aumento nos casos, como já se vê no Rio de Janeiro, em Brasília, no Amazonas, porque isso realmente é esperado”.

Achatamento da curva

Natasha Slhessarenko explica que o “achatamento da curva” é quando não há um grande número de pessoas precisando de leitos ao mesmo tempo e como ainda existe uma deficiência de leitos tanto na rede pública quanto na privada, o Estado não está preparado para o crescimento da doença.

“Não se pode liberar geral, tem que ser um retorno responsável. Tem que ter o medidor de temperatura, a disponibilidade de álcool em gel, de água e sabão, uso de máscaras, manter o distanciamento social e isolamento caso pertença a grupos de risco. Enquanto não tiver uma vacina que faça com que essa infecção possa ser realmente controlada, é o que a gente vai ver, infelizmente é isso”, finaliza a médica.