Queda de temperatura aumenta riscos de infecções respiratórias agudas, ressalta pneumologista da Vida

É neste período do ano, em que há registro de queda de temperatura, que as infecções respiratórias agudas mais afetam pacientes, o que pode ser uma simples virose ou uma pneumonia conforme explica o pneumologista Clóvis Botelho, da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde.

“O nosso aparelho respiratório trabalha em condições climáticas ideais de 36,5°C a 37,5 °C de temperatura. Se aqui fora estiver muito frio, nosso sistema respiratório tem que aquecer esse ar, além disso ele também faz a umidificação. Se estiver muito quente, é ao contrário, tem que refrigerar esse ar”, explica o pneumologista.

Botelho diz que “como toda máquina, quanto mais você aumenta a carga de trabalho, maior é o desgaste”. Além das condições climáticas, existe a sazonalidade das doenças, principalmente as viroses respiratórias, que em muitos casos são benignos, se resolvem com medicações, um chá e repouso.

Em alguns casos de viroses se complicam com inflamação das vias aéreas superiores, como rinites, sinusites e até pneumonia, pois dependem das condições de saúde do paciente e se o vírus que o acometeu é mais agressivo.

“Tudo depende do individuo e do tipo de virose. Como a maioria das viroses são os resfriados comuns, eles agridem menos, mas em casos de vírus mais agressivos como o da influenza, ou mesmo o coronavírus, pode ocorrer uma agressão maior”, acrescenta Clóvis Botelho.

Em casos em que o paciente possui uma doença base, como asma, enfisema pulmonar, cardiopatia, entre outras comorbidades como diabete, ou a pessoa é fumante, a virose pode desencadear crises mais graves.

Em Mato Grosso, destaca o especialista, com o clima seco, baixa umidade do ar e poluição atmosférica, causada pela fumaça, e mudanças climáticas bruscas, a situação piora.

“Ao juntar tudo, é agressivo para a via aérea e vai proporcionar crises e mais crises de exacerbação de doenças já existentes ou de acometimentos de outras doenças”, diz o médico.

Coronavírus

Dr. Clóvis Botelho alerta que ainda está longe o momento de tranquilidade quanto ao coronavírus no Brasil. Conforme ele cita, neste momento, apenas 12% da população recebeu a aplicação das duas doses do imunizante, que é o que traz segurança.

“Somente quando estiver com 70% da população vacinada com as duas doses, teremos uma certa tranquilidade em relação a pandemia. Enquanto isso tem que tomar cuidado, manter distanciamento, continuar usando máscara, higienização das mãos e torcer para que não necessite ficar em ambiente aglomerado”, afirma o médico.

Botelho alerta a necessidade de receber a aplicação das duas doses, apenas a primeira não adianta. Esta é a única maneira de controlar a pandemia, conforme ele cita, não existe medicação específica para a Covid-19.

“Enquanto houver um grande número de casos e circulação do vírus, o risco permanece para todos, inclusive para os vacinados”, destaca.

Exercícios e hidratação

O pneumologista Clóvis Botelho orienta que a realização de atividades físicas, em períodos de frente fria, sejam praticadas em um horário em que a temperatura esteja mais amena, para evitar um resfriamento.

Em Mato Grosso, como o clima predominante é quente e poluído, além da baixa umidade do ar, o ideal é que sejam praticadas de manhã cedo, devido ao baixo nível de poluição e uma melhor umidade do ar.

O médico sugere que pacientes com doenças coronarianas devem realizar aquecimentos mais longos e iniciar com exercícios mais leves, não começar em seu pico máximo.

Por fim, o médico alerta para o período de seca e poluição que está chegando em Mato Grosso.

“Vamos começar um período de baixa umidade, calor intenso e poluição, a hidratação é extremamente importante”, finaliza.

Fonte: SC Assessoria de Imprensa