O leite materno possui anticorpos contra todas as doenças que a mãe já teve e também das vacinas que tomou. Estes anticorpos protegem as crianças de várias doenças. Quem explica é a pediatra e patologista Natasha Slhessarenko.
Agosto é o mês do aleitamento materno, dedicado à proteção, promoção e apoio à amamentação, também chamado de Agosto Dourado, que ganhou este nome por ser o leite materno o alimento de ouro para os bebês nos primeiros 6 meses de vida.
“No leite materno encontram-se todos os elementos necessários para bem nutrir os nossos bebês. Não precisando dar nem água nestes primeiros seis meses. Ele também funciona como importante complemento alimentar até os dois anos”, ressalta a médica.
A pediatra ressalta que a quantidade e a qualidade das proteínas, carboidratos e gorduras presentes no leite materno são adequadas e garantem o crescimento e desenvolvimento saudáveis das crianças.
Após os 6 meses de vida, orienta a especialista, é importante que se introduzam alimentos complementares, de maneira gradual, sempre orientado pelo pediatra, garantindo a manutenção da boa nutrição.
“O aleitamento materno é capaz de evitar a morte anual de mais de 1 milhão de crianças menores de cinco anos”, alerta Natasha Slhessarenko, que representa Mato Grosso no Conselho Federal de Medicina (CFM).
Sarampo
Mato Grosso registrou em Tangará da Serra, em maio de 2022, o primeiro caso de sarampo após anos sem notificação da doença. O sarampo é uma doença viral, transmitida por gotículas de saliva, altamente contagiosa e que pode levar à morte, especialmente em crianças menores de 5 anos, imunodeprimidos e desnutridos.
Dra. Natasha Slhessarenko frisa que a única forma de evitar a doença é através da vacina. Entretanto, em lactentes cujas mães já tiveram a doença ou tomaram a vacina, anticorpos temporários passam da mãe através da placenta e pelo leite materno, protegendo estas crianças ao longo do primeiro ano de vida.
“Esta é a razão da vacina ser dada aos 12 meses. Em situações de aumento dos casos, a vacina pode ser feita aos 6 meses”, observa a médica.